Nossa História
Há 90 anos propagando a música com excelência
A fundação de um ensino musical democrático
O Instituto Gomes Cardim foi fundado em 12 de março de 1933 por Catarina Englesse, estudante de piano do Conservatório Dramático de São Paulo e aluna do musicólogo, pianista e escritor Mario de Andrade. Naquela época, a escola situava-se na cidade de Campinas, SP, e competia com o tradicional Conservatório Carlos Gomes, também de Campinas. Nesse período, um dos amigos de Andrade, o maestro Gomes Cardim, tinha sido nomeado por Getulio Vargas como interventor de Cultura e Educação do Estado de São Paulo e autorizou a criação de um outro conservatório em Campinas. Em homenagem a Gomes Cardim, seu nome passaria a dar título à nova escola de música da região.
Desde a sua criação, o conservatório Gomes Cardim tinha como desejo que a música chegasse a todas as pessoas — de qualquer faixa etária e classe social —, algo incomum para a época. Além disso, a escola possuía um enfoque na música erudita e de concerto, chegando por um bom tempo a adotar o mesmo repertório que o renomado Conservatório de Paris. Sendo assim, desde a sua criação, o alcance da música clássica a maior quantidade de pessoas possível passaria a ser uma característica marcante em toda a história da escola.

Oswaldo Lacerda Gomes Cardim (1878-1958)

Catarina Inglese (1906-1954)
Os anos difíceis e a sobrevivência do IGC
Ao longo dos anos 1940 e 1950, o Instituto passou por um considerável processo de expansão, abrindo uma filial em Americana, SP, em meados dos anos 1940, e uma outra filial em Limeira, SP, buscando atender a demanda tanto desses locais quanto das cidades vizinhas (Sumaré e Nova Odessa). Em 1966, já no Regime Militar, a escola foi vendida para a família Mercedez, a qual realizou um importante trabalho na contratação de novos docentes e registro de alunos. No entanto, devido ao pouco apoio do governo militar a esse tipo de cultura, os então proprietários foram obrigados a fechar ambas as filiais.
O conservatório continuou funcionando nesse ritmo mais recluso até 1996, quando dois professores que moravam em Jundiaí, Neuza Richter de Melo Comandulli e o pianista Antenor Camargo, adquiriam a empresa, apesar de as propriedades permanecerem sob posse dos antigos donos da companhia, os Mercedes. Em decorrência disso, os dois novos proprietários abriram uma filial da escola em Jundiaí e, em 1998, abriram a primeira classe de curso técnico da cidade, localizada no segundo andar do prédio da Associação de Música Pio X. Essas mudanças trouxeram novos ares para o Gomes Cardim, mas os donos acabaram optando por fechar a cede campineira e focar seus esforços no novo prédio jundiaiense.
Entrada de Dumalakas: revitalização e crescimento
Nesse tempo, Dumalakas, atual dono e professor de piano, era professor de história da música no curso técnico. Depois de quatro anos trabalhando como funcionário, Dumalakas adquiriu a metade de Antenor Camargo em 2002, tornando-se sócio de Comandulli. Com isso, em 2002, Francisco Dumalakas Neto, pai de Dumalakas, adquiriu um imóvel localizado na Av. Henrique Andrés, 90, Jundiaí, para torná-lo a sede que a empresa viria a conhecer até os dias atuais. Em janeiro de 2003, o conservatório já estava operando nesse local, mas contava apenas com 4 alunos.
Essa entrada de um outro sócio para a empresa foi extremamente benéfica para o Gomes Cardim. Dumalakas deu início a uma grande campanha do curso técnico pela cidade, o qual conseguiu formar uma classe com 15 alunos. Tal campanha levou cartazes explicando o curso técnico tanto em escolas de ensino fundamental quanto em escolas de ensino médio da região, além de diversas igrejas evangélicas. Além disso, o mesmo trouxe todos os seus alunos particulares — que na época eram em torno de 40 — para frequentar o espaço do Gomes Cardim, o que encheu os espaços da escola com vitalidade novamente, apontando para um novo crescimento.
Após algum tempo, Ulisses adquiriu a parte de Comandulli. Desde então, Ulisses Vicente Dumalakas é sócio majoritário da escola e gere suas operações.

Recente aquisição da escola, um piano alemão Gotrian Steinweg, situado em nossa sala Gilberto Tinetti.
